domingo, 17 de julho de 2022

O agrotech e as novas formas de energia



A transição energética para uma matriz mais verde é um dos grandes desafios econômicos de energia deste século. A guerra da Ucrânia acelerou essa discussão, pois a União Europeia viu que sua extrema dependência do gás russo (em alguns países, como a Alemanha, esse número chega a 40%) não era mais viável dada as consequências do conflito.

Apesar de todos os seus problemas, o Brasil caminha bem nessa área. Segundo dados de 2021 da Empresa de Pesquisa Energética, as fontes renováveis da matriz energética brasileira são biomassa de cana (19,1%), hidráulica (12,6%), lenha e carvão vegetal (8,9%) e outras renováveis (7,7%). Já as não renováveis são petróleo e derivados (33,1%), gás natural (11,8%), carvão mineral (4,9%), urânio (1,3%) e outras (0,6%).

A matriz elétrica é bem mais limpa, com 83% da energia vinda de fontes renováveis. Nesse caso, as hidrelétricas se destacam com 65%, seguidas por biomassa (9%) e eólica (quase 9%). A energia solar aparece com 1,7%.

No ano passado, o Brasil entrou para o grupo dos 15 países com mais capacidade instalada para produção de energia solar. Fábio Carrara, CEO da SolFácil, plataforma digital para investimentos em energia solar, falou que neste ano o Brasil vai ficar em segundo lugar nesse mercado, atrás apenas da China.

"A energia solar não é cara. Provavelmente é o melhor investimento que pode ser feito. O problema é que as pessoas estão sem dinheiro", diz o executivo.
Investimento e economia

Hoje, o preço médio de um equipamento de energia solar para uma casa varia de R$ 15 mil a R$ 50 mil.

Para se ter uma ideia, a placa fotovoltaica, aquela que fica no telhado, pode durar até 30 anos. Já o inversor, equipamento que converte a a energia gerada pelos painéis solares em corrente contínua em corrente alternada, talvez precise ser trocada após 15 ou 20 anos.

O uso da energia solar pode trazer uma economia de até 95% na conta de luz, segundo estimativas. Para se ter um retorno do investimento feito, calcula-se algo em torno de 5 anos, dependendo da incidência de sol na região, segundo Carrara.



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